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Gerês – O que visitar em 2 dias no Gerês

O Gerês, muitas vezes confundido com o Parque Nacional Peneda – Gerês, é apenas uma pequena vila localizada na freguesia de Vilar da Veiga – uma das mais visitadas freguesias do Parque Nacional.

Ganhou fama, no passado, devido as suas ricas águas termais que tratam problemas de fígado, vesícula, hipertensão, diabetes e até obesidade.

Quem entra num dos seus restaurantes típicos muito provavelmente encontrará a famosa “dieta geresiana” algures pendurada numa parede.

O Santo Padroeiro da Europa – São Bento da Porta Aberta, também escolheu o Parque Nacional para Santuário. Santo milagreiro, faz milagres a quem lhe levar cravos.

Assim, no passado, o Gerês vivia apenas de turismo termal e religioso. Contudo, a construção da Barragem da Caniçada nos anos 50, abriu novos horizontes. Muita gente começou a querer ir para o Gerês para aproveitar as suas praias fluviais.

Hoje em dia, o Gerês “agigantou-se” para lá da vila e das vilas adjacentes, para se tornar um refúgio para muitos amantes da natureza.

Por isso neste artigo, vamos indicar-te, os locais imperdíveis para uma escapadinha de dois/três dias!

Estás pronto para começar a explorar o maior Parque Natural de Portugal?

Tens a oportunidade de visitar alguns destes locais na nossa próxima viagem ao Gerês em Maio.

Vila Do Gerês

A vila do Gerês é facilmente percorrida a pé, pois basicamente tem uma estrada de entrada e um estrada de saída. Entretanto, pelo caminho podes encontrar vários alojamentos, restaurantes, bancas de comércio e lojas.

No fim da estrada, estão as famosas termas, onde a água é recolhida directamente da pedra. Se estiverem abertas, podes ir experimentar a água, apenas não uses os copos que lá estão, pois, são de pessoas que estão a fazer o tratamento.

Também no final da estrada, podes encontrar o Parque das Termas e Piscinas. Seguindo por essa estrada acima irás ter ao Miradouro de Pedra Bela e à Famosa Cascata do Arado. Além disso, também é por essa estrada que segues em direcção à Portela do Homem e Mata da Albergaria.

Juntamente com o Santuário do S. Bento da Porta Aberta, estes são os 5 pontos mais conhecidos e que mais gente atraiu e ainda atrai ao Gerês.

Contudo, estão longe de ser apenas os únicos motivos para visitar esta região do Parque.

Arcada e Praceta onde ficam localizadas as Termas do Gerês

Ermida, Fafião e Cabril

Estas são 3 localidades que escondem das mais bonitas cascatas desta zona do Parque, e é o ideal para se fazer num dia, pois ficam todas umas a seguir às outras.

Vamos conhecê-las?

A Ermida é uma aldeia comunitária, tal como muitas outras ainda existentes em todo o Parque. Perto desta aldeia, existem duas cascatas que podes visitar: a Fecha Das Barjas (Cascata do Tahiti) e a Cascata da Rajada.

A Cascata do Tahiti, já muito conhecida, é de facto muito bonita. Na verdade, esta cascata é um conjunto de três cascatas e vários poços e se a quiseres ver em todo o seu esplendor, o melhor é mesmo descer até ao final.

Contudo, existe ainda outra cascata, de acesso mais fácil. A Cascata da Rajada. O trilho inicia-se perto da Capela da Ermida e é bastante regular. No final encontrarás um pequeno poço. Para veres a cascata e o seu poço terás de “saltar” os penedos graníticos até ao topo. Não é tão difícil como parece 😉

Se estiveres nesta cascata ao final da tarde, é muito provável que recebas a visita de um dos habitantes locais com o seu rebanho de cabras.

Fecha Das Barjas – Cascata Tahiti

Fafião

Fafião merece um dia (ou mais) dedicado a si. Seja como for, vamos contar-te aquilo que não deves mesmo perder se apenas tiveres umas horas nesta zona.

Começamos pelo icónico Miradouro de Fafião. Construido para quem não tem vertigens, terás de atravessar uma pequena ponte suspensa por duas grandiosas rochas, para apreciar na totalidade a grandeza do Parque. Muito perto, podes também verificar o Fojo dos Lobos, antigas armadilhas para lobos, agora desactivadas.

Apesar de estes dois locais já fazerem valer a pena a visita a Fafião, há ainda o Poço Verde de Fafião. Para lá chegar existe um pequeno trilho que inicia junto ao parque das merendas e tem cerca de 2 km para cada lado.

Fafião é das zonas mais genuínas e selvagens de todo o Parque Nacional. Aqui ainda se praticam velhos costumes e tradições, e o rio Fafião está repleto de poços e lagoas.

Todavia, continuamos viagem para outra maravilhosa e conhecida cascata – Cascata de Pincães. Esta cascata poderia ser muito bem um cenário paradísico de um filme. Partindo do centro da Aldeia de Pincães, entre Fafião e Cabril, a cascata está a 20 minutos de distância.

Antes de seguir em direcção a Cabril, recomendamos que faças um pequeno desvio até à famosa Ponte do Diabo. Que é como quem diz a Ponte da Mizarela. Se foi ou não obra do diabo, não temos a certeza, mas que é uma construção incrível e que merece ser vista, isso sem dúvida.

Miradouro de Fafião, Poço verde e Cascata de Pincães

Cabril

Tanto quanto Fafião, a região de Cabril é também rica em poços e cascatas. Assim, dois dos seus Ex-libris são as Sete Lagoas do Cabril e a Cascata de Cela Cavalos

Nesse sentido, podemos dizer que o melhor ainda esta para vir. O trilho das Sete Lagoas é muito conhecido, mas por alguma razão, ainda não é um sítio frequentado por muita gente (e ainda bem). Tal como o nome indica, no final do trilho, chegamos a um conjunto de 7 lagoas e consequentemente sete pequenas cascatas. É mesmo obrigatório visitar, pois,  que tenhamos conhecimento, não há outro fenómeno parecido naquela região. O trilho tem início da Aldeia de Xertelo perto do Bar Sete Lagoas. A partir daí é uma caminhada de uma hora até chegar às Sete Lagoas.

Finalizando a viagem nesta zona do Parque Nacional, podemos afirmar que vamos terminar com chave d’ouro na Cascata Cela Cavalos. É uma das mais largas cascatas e é simplesmente mágica. Por isso merece com certeza a tua visita! 

Para alojamento recomendamos que fiques na Vila do Gerês,  visto ser uma zona mais central e com mais opções de escolha relativamente a alojamentos e refeições.

Fenda da Calcedónia

Voltando a Vilar da Veiga, hora de fazer uma das caminhadas mais emblemáticas do Parque Nacional – O trilho da Fenda da Calcedónia.

Porquê emblemática? Primeiro porque irás literalmente subir uma fenda numa rocha gigantesca, bem ao estilo do “escalador que se esqueceu das cordas” e depois porque a Fenda da Calcedónia é a famosa imagem que aparece nos rótulos das águas do Fastio.

Porém, a subida é um pouco desafiante, e por vezes um pouco claustrofóbica. Contudo, é acessível a qualquer pessoa que não tenha limitações de mobilidade.

Se pretendes fazer esta caminhada, o uso de calçado apropriado é completamente imprescindível. Assim como, recomendamos o uso de calças que não prendam os movimentos. Deves evitar os calções, pois as raspadelas nas rochas vão ser inevitáveis.

Assim que passares o desafio da fenda, a recompensa é brutal! Uma paisagem única, em que te sentes “o rei do mundo”.

Entretanto, no caminho para a fenda ou na volta, podes ainda parar no Miradouro da Boneca e contemplar uma outra vista do Parque. Acredita que nunca são de mais!

Fenda da Calcedónia

Portela do Homem

A Portela do Homem é muito conhecida por ser a fronteira com Espanha e ficar localizada praticamente na Mata da Albergaria. Uma reserva natural onde apenas se pode passar de carro, sem nunca parar. Contudo, és livre de a explorares a pé, sempre com consciência de não deixar lixo nem perturbar a vida selvagem.

Contudo, para atravessar a Mata da Albergaria vais ter de desembolsar 2 Euros e não podes parar o carro até chegares ao parque de estacionamento.

Chegando na fronteira, tens a opção de fazer o trilho das cascatas da Mata da Albergaria ou então ir até à cascata da Portela do Homem (aquela que já passaste de carro) e dar um mergulho. Acima dessa cascata existem ainda mais duas. Assim, se te sentires com vontade e energia, recomendamos que faças a caminhada extra, pois essas lagoas costumam ter muito menos gente.

No caminho para a Portela do Homem, tens um desvio que te leva à Cascata do Arado e Miradouro da Pedra Bela. Se tiveres tempo não percas a oportunidade de visitar ambos.

Cascata da Portela do Homem

Termas de Bande

Aproveitando que estamos na fronteira, é altura de trocar as águas límpidas e gélidas, por águas mais quentes, mas igualmente limpas.

Falamos das ainda pouco conhecidas Termas de Bande. Assim, a poucos quilómetros das já muito famosas Termas de Lóbios, podes encontrar as Termas de Bande. Na nossa opinião maiores, mais bonitas e mais naturais. Um local perfeito para acabar uma escapadinha, num sítio brutal!

Termas Romanas de Bande

Assim, são estas são as nossas recomendações para quem visita o Gerês pela primeira vez.

Por isso, caso queiras fazer esta viagem, acompanhado de um Líder de Viagem e um grupo de exploradores, não percas a oportunidade de vires connosco já no dia 15 de Maio! Para saberes tudo sobre esta viagem basta clicares aqui

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Isabel Martins

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